domingo, 12 de março de 2017


SOBRE O ALVORECER E O FIM DA ESCURIDÃO

Você foi sol, quando as estrelas deixaram de brilhar e meu dia parecia apenas escuridão. Você foi esperança, quando todas as minhas certezas se mostraram inconstantes. Veio como o sol, iluminou a minha noite fria e causou um espetáculo ao alvorecer.
No entanto, como todo despontar, você foi intenso, belo e breve: partiu de mim...
E hoje fico com todas as minhas perguntas: Como seria se você tivesse ficado? E se estivesse escolhido o meu sorriso ao invés dos seus fantasmas?
No entanto, agradeço pela breve estadia, por me lembrar que sou capaz de amar, mesmo após as estrelas e mesmo após o meu porto seguro desmoronar. Você me fez ver que sou forte, que estou viva e que outros olhos poderão iluminar os meus dias... Olhos que não os seus...  


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Medo, pavor e alguns sorrisos.

Na verdade eu estou apavorada. Estou morrendo de medo de meter os pés pelas mãos e de acabar com o meu coração quebrado, mais uma vez, em um zilhão de pequenos pedaços.
E eu sei. Eu sei que sou forte o suficiente para recolher os cacos e fazer-me novamente forte. No entanto, eu venho tentando evitar a fadiga; venho tentando me afastar de qualquer coisa que faça meus olhos se encherem de lágrimas, como se eu tivesse passado a eternidade cortando cebola.
Eu tinha a minha vida metricamente morna e confortavelmente vazia, de forma que eu pudesse confortavelmente enche-la de mim mesma e fazer de mim o ponto mais alto da minha vida meio termo. Eu não gosto de me completar com os outros. 
Então, eu peço por favor, não me faça reconsiderar o jeito como eu tenho vivido; não me faça passar horas e horas olhando pro celular, esperando uma mensagem sua. Não me faça escrever um texto falando dos seus cabelos ou de como é estar com você. Apenas me deixe me encher de mim mesma, até eu transbordar.
E é estranho, porque apesar de estar apavorada, é eu encontrar você ou receber uma mensagem sua que o meu coração palpita, fazendo cócegas e tremilicando os lados dos meus lábios... A ponto de fazer formar um sorriso! 
Mas, veja bem, como eu disse: Estou com medo, estou é tremendo de pavor, porque este está sendo o primeiro texto dedicado à você nas entrelinhas... E eu não quero juntar os caquinhos depois.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Escolhas



Você nunca sabe como vai ser; nunca consegue adivinhar as respostas certas para as perguntas que você cultua, mas nem mesmo admite; não tem como saber onde se está indo, quando nem sequer sabe o que quer. Mas é necessário tentar; é preciso ir até o fim, lutar com unhas e dentes, é preciso pensar que falhou uma vez ou outra.
Porque a beleza não está no que vem fácil, e sim no que se aprendeu com a luta e com a perda. À cada escolha deixamos um emaranhado de caminhos intocado e nunca mais poderemos voltar atrás. A vida é muito mais sobre escolhas, renuncias e aprendizado do que sobre intuição às cegas, sorte e acertos.
E eu acredito que isso se deve ao fato de estamos em uma constante luta entre os nossos três tempos: o que fomos, o que somos e o que queremos ser. Vivemos para sermos melhores a cada dia, e não iguais.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Inconstante


Por que assim, inconstante?
Por que livre, se tão só?
Por que forte, se tão fraca?

Busquei respostas no infortúnio,
E razões no tempo perdido.
Tentei acreditar em maneiras e saídas,
Mas no fim, eu ainda sou apenas eu.

Perdida ao encontrar um sorriso,
Desabrigada por ouvir a sua voz.
Colando os pedaços com pensamentos,
E tentanto, pela última vez, não chorar.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Palavras


Deitada aqui, no chão do meu quarto, o mundo não mais parece aquele barato. É que falta sei lá o quê, que me completa sei lá onde. Me falta liga, me falta algum tipo de razão.
Que se fodam as rimas, que se fodam os escrúpulos, se tanto eu comigo ainda luto, tentando saber se devo ou não falar. Mas, do que adiantaria encher-te com meus “olás”? Eles não são feitos de ferro e fogo, então seriam incapazes de te marcar; e eu não sou uma aparição, para ser considerada inesquecível; tampouco para ti sou indispensável como a água.
Sei lá o que tanto penso, sei lá porquê tanto penso. O motivo se perdeu em alguma esquina sombria de minha cabeça, ou em algum buraco profundo do meu coração.
Só queria que tudo o que me disse fosse verdade, de alguma forma, ainda que retorcida. Queria que todas aquelas palavras que saíram de nossas bocas tivessem sido sacramentadas ou até mesmo gravadas, para que eu pudesse saber que não tinha sonhado nenhum pouco.
É que eu ainda tenho essa dúvida: será que meus ouvidos ouvem tanto quanto o meu coração? Porque, juraria de pés juntos que ouvi palavras demais saindo por aí...
E é sempre assim, não é? As palavras são belas e bonitas, mas os atos são medidos e quase que inexistentes. Eu não entendo essa mania que as pessoas frequentemente possuem, de falar coisas por falar, pelo bel-prazer de deixá-las gravadas em nossas mentes, pela simples e bela vontade de nos fazer posteriormente pensar onde foi que as palavras se perderam no vento.
A verdade é que no final é sempre assim: eu sozinha, deitada no chão do meu quarto, escrevendo meu coração e falando coisas que, para muitos, não tem o menor nexo, mas que para mim fazem o maior sentido do mundo.