Meu próprio sol
Quando o abracei tudo que pude sentir foi o cheiro já conhecido de sua pele, senti a textura de seus cabelos em minhas mãos, senti a alegria infantil que eu senti naquela noite há algum tempo atras. Eu senti a presença dele. E isso me enchia por dentro. Me completava. Eu era feliz apenas por poder matar a saudade que habitava meu coração.
Era como estar em casa depois de muito tempo longe, era como quando se é criança e você sente necessidade de abraçar a mãe após um longo dia difícil. Eu pertencia a ele.
E com o longo e delicado abraço forte eu senti como se tudo e todos naquela praia sumissem, era como se não fosse mais existir minhas super-depressivas noites estreladas, como se de agora em diante só fosse existir sol. Era exatamente assim que eu me lembrava dele. Porque para toda noite que vem, existe a certeza de que o sol virá. Mas eu tinha o meu próprio sol.