sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O que você não vê


Olho nos seus olhos,
Olhos castanhos, conhecidos e amados.
E tu olhas em meus olhos,
Será que me vê?

Acreditei tanto tempo no destino,
Confiei que ele lhe traria para mim.
Te dei casa, amor e carinho,
Fiz de tudo para que tivesses sempre o melhor de mim.

Desejei sempre, ao menos um pouquinho,
Sempre quis aquele espaço, mesmo que tão pequenino.
Achei que um dia ele cresceria e floresceria.
Pensei que haveria algum caminho.

Mas as coisas sempre vêm a acontecer,
Daquela forma estranha, que não podemos entender.
E eu, que sempre estive aqui, esperando um pouco mais,
Fiquei sozinha, lamentando porque conosco não poderia sonhar.

E agora você vem me dizer,
Que sempre foi sincero, tenro e honesto.
Vem me falar de coisas que eu não mais me interesso.
Não, não venha, porque para ti, eu não regresso.