quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O outono fizera as folhas daquelas árvores - que outrora faziam sombra para os carros que estavam esperando o semáforo abrir- cair, deixando apenas bolotas fucsia (obviamente de flores) nos galhos das árvores...
Esta era uma bela visão pra qualquer pessoa que não estivesse estressada com o transito barulhento e super-lotado daquele local. Na verdade, aquela era uma avenida muito bonita, ela me fazia pensar sobre a vida, e sobre os rumos - que às vezes- esta toma.
Não era uma tarde anormal; o vento que vinha da janela fazia os meus cabelos se ondularem quase que magicamente e a o rádio sintonizado na estação de sempre tocava uma música que eu sabia de cor, e acompanhava cantando... Ao meu lado minha mãe dirigia animadamente rumando pra lugar-nenhum. Na verdade agente resolvera dar uma volta, e eu adorava andar de carro por aquela avenida; era como se eu tivesse um déjà vu a cada segundo... Aquele lugar me fazia pensar. Pensar em tudo.
Ao andar naquela avenida ensolarada eu pensava nos meus erros e nos meus acertos, pensava em como eu havia mudado em tão pouco tempo. Pensava em várias pessoas que passaram pela minha vida, pessoas boas e ruins, que deixaram lembranças boas ou nao, que me amavam ou não. Porque quando nós amamos uma pessoa ela fica incoscientemente marcada em nossas vidas.
Ás vezes por culpa do destino nao podemos estar com elas todos os dias. Mas mesmo assim sentimos a falta delas e agradecemos à Deus por casa segundo transcorrido desde o segundo em que a conheceu. E isso ninguém pode tomar de nós. Maior do que o amor que recebemos é o amor de damos.
Às vezes nem somos tão importantes pra estas pessoas, talvez nós não conversamos com elas com frequencia. Mas ela sabe que quando precisar com quem ela pode contar; e isso não muda nunca. Isto é pra sempre...
Enquanto esperava o sinal abrir eu me dei conta, que as vezes o que sentimos é independente ao tempo, espaço ou ao mutualismo. E isso nos faz cada vez mais fortes.